eme

Microblog

Conseguir um pequeno e modesto lugar ao sol no mercado audiovisual é bastante difícil e desgastante. Se não, sofrível. Se você tiver sorte, pode acontecer em poucos meses. Do contrário, levará alguns anos. Mas ainda assim, você persiste.

Persiste porque acredita nessa relação de amor e ódio. Mas aqui vai um aviso: haverá cobranças. Será preciso se reinventar; se reciclar. Tentar entender as constantes mudanças de humor do seu parceiro mercado — porque a concorrência é grande. E, se não for excelente, ficará para trás.

Dramas à parte, a questão é que, depois de muito tempo, retorno aos meus projetos audiovisuais — com o acréscimo de três textos teatrais. Nada concreto. Estou apenas voltando ao meu ponto de partida enquanto pessoa da escrita.

E como estou me sentindo? Como se estivesse começando de novo. E, neste ponto, com tamanha exigência do meu parceiro, estou mergulhando em livros e ideias que há tempos haviam se tornado pontos esquecidos.

Embora o cinema tenha ficado em segundo plano em razão das duras peripécias da vida proletária, esse retorno está sendo bastante agridoce — só que de um jeito diferente.

#maio #mercado #cinema #audiovisual

Com prefácio do aclamado autor italiano Italo Calvino, esta publicação revela ao leitor a profunda ligação de Fellini com o cinema e sua paixão pela arte de filmar. Fazer filmes era tão necessário para a vida do diretor como o oxigênio é essencial para que o fogo queime. Questionador, Fellini também propõe algumas discussões: “Como dizer de que maneira nasce a ideia de um filme? Quando e de onde vem, os itinerários tantas vezes desconexos ou dissimulados que percorre?”

O livro Fazer um Filme é um depoimento sincero, onde o diretor italiano termina por definir sua vocação: “...fazendo filmes só me proponho a seguir esta inclinação natural, a contar histórias por intermédio do cinema, histórias que fazem parte da minha natureza e que gosto de narrar numa inexplicável mistura de sinceridade e de invenção, de vontade de chocar, de me confessar, de ser a moral, o profeta, a testemunha, o palhaço... de fazer rir e comover.

Precisa de outro motivo?

Leia mais...

O cinema de Lelouch nunca foi sobre explicações, mas sobre pulsões.

Essa imagem e esse abraço é puro cinema em estado de memória. Dois corpos que se reencontram, se reconhecem, se perdoam, talvez.

Uma maré de silêncio que diz tudo.

Saber que esse gesto, tão simples e tão brutal de afeto, vai estampar o rosto do Festival de Cannes deste ano me deixa sem palavras. Ou quase.

(Escrevi sobre o filme há um tempo, aqui: +++ ).

#cinema #claudelelouch #abril

Enter your email to subscribe to updates.